Estas fotos são do fim de semana passado, quando o escritório todo foi dois dias para a Virginia, o primeiro Estado de todos. A ideia era ver Williamsburg, capital durante mais ou menos cem anos, antes da Independência. Várias coisas tornam-na única: o facto de ser uma cidade planeada, com um esquema axial semelhante ao de Washington (ali viveu Jefferson, o presidente-arquitecto), o facto de ter sido planeada como uma comunidade fechada, reservada à elite governativa, no sec. XVIII (a plebe vivia na periferia), da grande maioria das casas ser pré-fabricada (primeiro contruía-se, depois o cliente vinha e escolhia, como num catálogo), e por último por ser, hoje, uma das poucas réstias de originalidade e beleza da arquitectura norte-americana. Graças aos Rockefellers, nos anos 20 foi objecto de um "restauro criativo" que reconstruiu mais de metade da cidade in stile e com estilo, diga-se. Tudo meticulosamente arranjado, as madeirinhas todas no sítio, as cores certas, os móveis de acordo com os inventários da época, e habitada por uma população de actores (que mora mesmo lá, nas casinhas de madeira) que durante o dia passeia de carroça, toca viola da gamba e cravo e serve nas tabernas, vestida como há duzentos anos. Um museu-vivo, uma cidade fantasma, um dos sítios mais bonitos que já vi na América. Seguem-se as fotos.
(Às vezes tive a impressão de que com as drogas certas, não é preciso muito para acreditar que se está no séc. XVIII ao passear pela única rua.)
10 de março de 2006
À descoberta da América
posto pelo Alexandre às 05:54
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1 comentário:
definitivamente, entraste no espírito :) para a próxima convida!
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